Espacios. Vol. 17 (3) 1996

A Trajetria Tecnolgica da Petrobrs na Produo Offshore 6/6 2e5k4m

La Trayectoria Tecnolgica de Petrobrs en la produccin "Offshore" (Costa afuera) 1l2f54

Petrobras Technological approach in Offshore production 3p6u3z

Ruby Gonsen 2r705n


6. Concluso sobre a trajetria tecnolgica da Petrobrs 3r3qg

A Petrobrs reconhecidamente uma empresa que se encontra na fronteira tecnolgica internacional, no que diz respeito explorao e produo de petrleo e gs natural em guas profundas. E o que talvez seja mais importante, ela considerada como sendo a empresa lder nesse campo. Este fato atualmente matria de consenso em todos os foruns internacionais que trabalham sobre o tema. Os maiores recordes de produo em guas profundas so detidos por essa empresa e no existe perspectiva de que esse processo seja revertido no curto prazo.

O fato que uma empresa de um pas em desenvolvimento assuma a liderana, por um perodo bastante longo superior a dez anos, em um campo de vanguarda do avano tecnolgico, , sem duvida, um fenmeno singular em toda a histria do petrleo. Essa observao se torna ainda mais contundente se levarmos em considerao que a trajetria tecnolgica dessa empresa se apoia em inovaes incrementais.

De fato, como tratamos de demostrar ao longo desse artigo, quando a Petrobrs enfrentou o desafio de produzir em guas cada vez mais profundas, ao invs de apostar em inovaes radicais, ou seja, no desenvolvimento e na adoo de sistemas verdadeiramente novos, ela, ao contrrio, optou por uma estratgia tecnolgica de natureza incrementalista, a qual consistia no melhoramento e aperfeioamento do sistema de produo que ela dominava: o SPF.

Essa estratgia conformou uma trajetria tecnolgica que se enquadra nos moldes que foram descritos por certos autores sobre a mudana tcnica em pases em desenvolvimento (Katz, 1976 e 1987; Bell, 1984; Lall, 1982; Fransman, 1986). De certa forma a empresa brasileira adotou essa trajetria tecnolgica por falta de escolha. Os escassos recursos financeiros e tecnolgicos, associados ao imperativo de aumentar a produo interna de petrleo, no ofereciam outra opo a no ser a de buscar aperfeioar o sistema que j operava.

Causa certa perplexidade que a Petrobrs tenha alcanado a liderana tecnolgica, atravs uma trajetria tecnolgica apoiada em inovaes incrementais, em um campo de to grande importncia como o offshore profundo, no qual competem as grandes empresas de pases lderes. Na realidade, essa indagao no tem uma resposta simples. Combinaram-se, por um lado, importantes oportunidades e, por outro, escolhas tecnolgicas que resultaram ser adequadas.

As oportunidades surgiram principalmente no campo da geologia. As descobertas que foram feitas pela Petrobrs resultaram ser, na segunda metade da dcada de 80, as maiores realizadas at ento nessas profundidades. Elas de certa forma justificaram que a empresa se empenhasse pioneiramente em desenvolver os sistemas de produo. Para se ter uma ordem de grandeza, as descobertas feitas nos campos de Marlim e Albacora eram da ordem de vrios bilhes de barris, enquanto os campos em gua profunda no Golfo do Mxico correspondiam, na poca, apenas a centenas de milhes de barris. O campo de Auger apresenta reservas estimadas de 220 milhes de bep.

Essa situao atualmente j est evoluindo consideravelmente a medida em que a produo em guas profundas torna-se cada vez mais factvel. J existem 3 a 4 bilhes de bep descobertos no Golfo do Mxico. Estima-se que esse potencial chegue entre 9 a 15 bilhes de bep (Bourgeois, Abril 1995). Na zona de guas profundas situadas no oeste das Ilhas Shetland, as estimativas variam de 4 a 8 bilhes de bbl (Beckman, agosto 1995).

Entretanto, as oportunidades geolgicas no constituem uma razo suficiente para explicar o sucesso da trajetria tecnolgica da Petrobrs, mesmo que, no caso brasileiro, houvesse uma necessidade imperiosa de aumentar a produo para atender a demanda interna. Na realidade, as principais razes desse sucesso foram a escolha apropriada do sistema de produo e uma estratgia de desenvolvimento tecnolgico coerente, de carter incrementalista. De fato, ao no apostar em novos sistemas e ao apoiar seus desenvolvimentos em melhoramentos do SPF, a Petrobrs fez, pioneiramente, a opo tecnolgica que acabaria vingando em toda indstria.

A razo, que fez com que a trajetria tecnolgica dominante na indstria do petrleo convergisse com a da Petrobrs, reside essencialmente na alterao do ambiente de seleo das tecnologias a partir do contra-choque do petrleo. As estratgias de busca para desenvolver a produo em guas profundas, que predominavam nessa indstria at ento, apelavam para inovaes radicais. As expectativas que foram colocadas nos novos sistemas de produo acabaram no se confirmando frente ao quadro relativamente deprimido dos investimentos que caracterizou a indstria desde o contra-choque. Entretanto, a indstria do petrleo esteve longe de ficar estagnada tecnologicamente. Ao contrrio, sob o impulso das novas tecnologias introduziram-se uma srie de inovaes que permitiram redinamizar a base tecnolgica existente. Essa evoluo acabou sancionando a opo tecnolgica da Petrobrs, a qual foi determinada pela sua posio de empresa de pas perifrico.

Como a aprendizagem tecnolgica um processo de natureza cumulativa, a vantagem inicial adquirida pela empresa brasileira, foi se consolidando a medida em que novas descobertas geolgicas foram sendo feitas e em que novos conceitos foram sendo implantados. Vimos, no incio deste artigo, que os sistemas tecnolgicos com um avano inicial sobre os demais podem tornar-se hegemnicos, devido aos rendimentos crescentes de adoo. Entretanto, para que o processo aprendizagem tecnolgica da empresa brasileira fosse bem sucedido, ela teve que adotar uma atitude cada vez mais ativa frente inovao, a qual se traduziu no lanamento de importantes programas tecnolgicos.

Deve-se salientar que a postura de organizar e lanar grandes programas tecnolgicos com a finalidade de desenvolver tecnologia para guas profundas quase nica no contexto da indstria do petrleo, na qual predomina um certo recuo dos investimentos em P&D das grandes empresas, principalmente durante a dcada de 90 (Economides, 1995). O Procap o nico programa tecnolgico de mbito internacional para guas profundas junto com o Deepstar. Este um programa apoiado por um consrcio de companhias petroleiras encabeado pela Texaco que tem por finalidade desenvolver tecnologia de guas profundas a custo vel no Golfo do Mxico. A Petrobrs, atravs do Procap tem assumido uma posio de liderana institucional ao ter promovido pioneiramente projetos industriais associados. Essa formula assume uma importncia crescente nos desenvolvimentos futuros da indstria do petrleo (Mercier, 1995).

Entretanto, o avano tecnolgico adquirido pela empresa estatal no foi suficiente para que o Brasil lograsse se tornar um exportador de tecnologia, de equipamentos ou de servios na indstria offshore. A relativa fraqueza do spill over da atividade inovativa da Petrobrs para os fornecedores nacionais se deve a certas particularidades da trajetria tecnolgica setorial. De fato, as operadoras (companhias petroleiras) detm parcialmente o controle da tecnologia que usam, a outra parte estando em mos de fornecedores. Como os mais importantes fornecedores so empresas multinacionais e a indstria nacional de bens de capital carece cruelmente de capacitao tecnolgica em produto, no propiciou-se um ambiente favorvel ao desenvolvimento de um polo exportador.

No resta dvida que esses fornecedores estrangeiros esto realizando um importante aprendizado operando junto a Petrobrs em guas profundas. Nesse caso, se destaca a empresa sa Coflexip que recebeu o prmio Distinguished Achievement Award da Offshore Technology Conference de 1995 pela produo de tubos flexveis e sobretudo pela colocao desses tubos em grandes profundidades (JTP, abril 1995). Ora, a maioria dos mtodos de colocao de tubos a grandes profundidades, como a instalao de risers flexveis sem mergulhadores e os mtodos de colocao vertical de sistemas de conexo em forma de j previamente amarrados ANM, na realidade, foram desenvolvidos em estreita colaborao com a Petrobrs e foram patenteados por esta empresa. Portanto, em grande parte, o mrito da Coflexip incumbe empresa brasileira. Esses mtodos esto sendo aplicados com sucesso por Coflexip em outras zonas produtoras como as do Mar do Norte.

A empresa brasileira, cada vez mais consciente da fraqueza tecnolgica dos fornecedores nacionais e da generalizao dos SPF como sistema tecnolgico dominante, agora na forma de FPSO, preocupa-se menos em desenvolver os seus componentes, deixando essa incumbncia para os fornecedores internacionais, como demonstra a anlise que fizemos da carteira de projetos do Procap 2000.

Certamente a experincia bem sucedida da Petrobrs demonstra que estratgias tecnolgicas apoiadas em inovaes incrementais tm alguma chance de serem bem sucedidas e mesmo de alcanarem a fronteira tecnolgica. O fato que a evoluo econmica recente tenha sancionado inovaes poupadoras de custo, ao invs de inovaes mais radicais de produto, certamente influiu nesse quadro. Entretanto, no pode se deixar de reconhecer que a indstria do petrleo apresenta melhores chances de sucesso para as empresas de pases em desenvolvimento, ao se comportar como uma indstria tecnologicamente madura. Com um coeficiente de gasto em P&D sobre o faturamento de 0,8% nos Estados-Unidos em 1993, ela se coloca muito abaixo de outras indstrias como a de sade (10,6%), automobilstica (4%), eletro-eletrnica (5,5%), qumica (4%), informtica (8%), aro-espacial (4,2%) (BusinessWeek, 27/6/94). Nesse contexto, os gastos de P&D no campo da explorao e produo realizados pela Petrobrs ocupam uma respeitvel posio dentro do cenrio internacional. Com um gasto de US$ 45 milhes a empresa brasileira est em sexto lugar no ranking internacional, perdendo apenas, em ordem de importncia, para Schlumberger (270), Arco (118), Halliburton (100), Elf (100) e o Instituto Francs do Petrleo (92) das instituies que responderam ao PetroResearch do Journal of Petroleum Technology (JPT, abril e maio 1994). Certamente esto ausentes importantes empresas como a Royal Dutsch Shell, Exxon, Mobil e Texaco que realizam gastos provavelmente superiores aos da empresa brasileira. Entretanto, o volume do dispndio realizado por essa empresa, que sem dvida o maior entre os pases em desenvolvimento, associado a um tamanho relativo que a coloca entre as grandes, mostra como puderam se criar condies para que ela alcanasse a fronteira tecnolgica em determinadas atividades.

Comparativamente aos demais setores industriais, os setores maduros, onde existem importantes empresas nos pases em desenvolvimento, oferecem maiores oportunidades a processos de catching up e at mesmo de leapfrogging. Mesmo assim, esses fatores estruturais no podem de forma alguma apagar a importncia das trajetrias tecnolgicas das empresas nesses processos.

Referncias 32p9

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